quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CONTO DE NATAL  - 2º PRÉMIO ENSINO BÁSICO
 
24 Horas para o Natal

Esta história que vos vou contar, encontrei-a num sótão, dentro de um grande e velho baú, colocado perto das decorações de natal. Dentro de um grande saco, cheio de postais, embrulhos, brinquedos… tudo o que se possa imaginar que esteja dentro de algo tão velho, mas tão precioso assim. Então vamos começar...

Tudo começou, numa pequena aldeia, em pleno Inverno, perto da altura das festas de natal, numa noite muito fria e gelada. Um menino, chamado Miguel, estava à janela da sua casa e que pobrezinho que ele era! Vivia numa pequena casa, no centro da cidade, com as suas 3 irmãs e com a sua mãe. A coitada da mãe vivia do dinheiro que o pai de Miguel enviava do estrangeiro, mas mesmo esse era muito pouco e a situação ainda piorava com 4 bocas para alimentar. Por isso, a mãe de Miguel arranjou um trabalho novo para ter mais dinheiro, o que o deixava encarregue das suas irmãs. Sendo o irmão mais velho, mas apenas com 12 anos, já não vivia a sua infância como devia ser. Mal sabia ele que a sua vida iria ter uma grande reviravolta.

Todos os dias, a mãe de Miguel saía cedinho para o trabalho e ele levava as 3 irmãs para o infantário. Sempre a mesma rotina! Porém, um dia, as coisas foram diferentes. Ao caminhar para a escola, Miguel viu um raio de luz, muito brilhante, que até tinha dificuldade em abrir os olhos. Quando, finalmente, os abriu, viu um anjinho, muito pequenino e cintilante que, com a sua voz muito fininha, murmurou:

- Miguel! Está na hora!

-  O-O que és tu? E-E o que queres de mim? – disse Miguel gaguejando. – E-E está na hora do quê?

-  Eu explico depois! – Continuou o anjo. – Conto-te tudo na viagem!

- Viagem? – Miguel foi interrompido, uma luz incidiu rapidamente no seu corpo, e, de repente, estava no espaço, a viajar! Como por magia!

magrinhas e fracas e os duendes, espalhados por todo o lado, desorientados, a correr de um lado para o outro.

Miguel percebeu rapidamente o que se passava:

 - Agora, como podes ver, isto está um caos, vamos ter com a Mãe Natal, ela dir-te-á o que fazer. - E nesse preciso momento, o anjo reduziu-se a purpurinas qu

Ao decorrer da viagem, o anjo explicou tudo ao Miguel. Explicou-lhe que o seu destino era a aldeia do Natal, esta encontrava-se noutro planeta, coberto de neve e luzinhas, que estava em apuros, porque o Pai Natal estava muito doente e os pobres duendes não sabiam o que fazer, pois sem as orientações do Pai Natal não conseguiam trabalhar. O Miguel compreendeu a situação e concordou em ajudá-los.

Quando chegou à aldeia do Natal, ficou espantado, não era nada como imaginara, estava tudo um completo caos! Os pinheiros de Natal estavam secos e estragados, as renas estavam muito e se espalharam pelo ar.


Ao entrar na casa, a primeira coisa que Miguel viu, foi o Pai Natal, deitado numa cama. Ele estava doente pelo excesso de trabalho que tinha, pois, agora, as pessoas pediam muitos mais presentes e queriam coisas muito difíceis de fazer na sua fábrica que levavam dias de trabalho. E as cartas! Eram tantas, e tantos meninos mimados a querer sempre mais.

Rapidamente, Miguel percebeu o que se estava a passar, dirigiu-se então à Mãe Natal e disse:

- Ah…Eu f-fui enviado por um anjo que me transportou até aqui, por-porque disse que precisavam da minha ajuda. P-Por isso, se houver algo que eu possa fazer…eu…

- Oh sim! Sim, sim, sim! Precisamos muito da tua ajuda! – começou a Mãe Natal –  Como podes ver, o Pai Natal encontra-se muito doente devido ao trabalho, e se for esta noite entregar os presentes, vai ficar ainda pior. Os duendes andam muito desorientados e não sabem o que fazer. Estamos muito preocupados, precisamos que digas a toda a gente do mundo o que se está a passar, porque a este ritmo, o Natal não vai durar.

Dito isto, o Miguel ficou sem palavras. Nem podia acreditar que o tinham escolhido a ele, que era tão pobre, para fazer um trabalho tão importante. De repente, o anjo reapareceu e disse:

- Bem, agora que sabes o que fazer, vamos trabalhar!

Então, aí começou o início da aventura do Miguel, que com a ajuda do anjo, de certeza que iria ser um sucesso. Começaram por reunir todos os trabalhadores e animais da aldeia do Pai Natal e distribuíram tarefas. Começaram pelas renas, alimentaram-nas e treinaram-nas. De seguida, foram até à fábrica e separaram os brinquedos e organizaram-na. Limparam e trataram dos pinheiros da aldeia e estava tudo pronto! Tudo, com exceção do trenó, que estava muito ferrugento, sujo, estragado…

Todos os habitantes da aldeia se juntaram e arranjaram o trenó. O trabalho de Miguel na aldeia tinha terminado, agora, estava na hora de partir.

Miguel saltou para o trenó com o anjo e partiu em direção aos Estados Unidos, onde estava a ser filmada um programa de Natal mundial. Com todo o mundo a ver, seria uma intervenção perfeita. Quando Miguel chegou aos estúdios, foi, pelas traseiras, pé ante pé, devagarinho. Quando começou o espetáculo, foi rapidamente para o palco onde estava tudo a ser transmitido:

- Ah… - começou, estava cheio de medo, tanta gente estava a vê-lo… - Eu venho da aldeia do Pai Natal, para vos dizer a todos, meninos e meninas de todo o mundo, que este ano não vai haver Natal. – Ficaram todos espantados, a perguntar-se porquê, como e quem é que tinha provocado esta catástrofe.- E sabem porquê? Por nossa culpa! Por querermos tanta coisa, por sermos ingratos pelo que temos. Por nossa causa, o Pai Natal ficou doente, e se nós não pararmos de querer, querer, querer, ele pode nunca voltar a distribuir presentes. Vamos todos pensar em conjunto, em uma coisa que realmente desejemos, uma coisa apenas. O Natal está nas nossas mãos!

Um ano depois, era Natal outra vez e Miguel, após ter tido aquela grande aventura, voltou ao mesmo. Limpava a casa, cuidava das irmãs… Mesmo sendo pobre, sabia que tinha feito o acertado.

Ao acordar de manhã, foi para a sala e encontrou uma linda árvore de Natal, com montes de presentes. As irmãs tinham recebido brinquedos, roupas e joias. A mãe tinha recebido livros, utensílios, e roupas. Mas Miguel não encontrou nenhum presente para ele, o que o deixou muito triste.

Já de noite, foi para a cama, ainda triste, e, a meio da noite, viu uma luz a vir debaixo da cama. Seria um monstro? Mas não, era um grande presente brilhante, com estrelinhas e laços. Ficou tão feliz! Quando o abriu, nem podia acreditar! Ouro, dinheiro, pratas e objetos muito valiosos diante dos seus olhos! Correu até ao quarto da mãe e das irmãs para mostrar o presente, e contou-lhes a história toda.

Como podem ver, o que é demais não é bom e devemos ser sempre felizes com o que temos. Podemos não ter pouco, mas as nossas boas ações serão sempre recompensadas.

Margarida Ribeiro, 7º A

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma história tão longa e tão bonita, com certeza, que te deu prazer a escrevê-la. Não pares. Continua a escrever. A profª de LP