sábado, 13 de março de 2010

O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS

Bruno é uma criança de nove anos que vive com a sua família em Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial.

Tudo corria bem na sua vida, quando o seu pai, oficial do exército alemão, foi promovido e tiveram que mudar de casa.

Então, da sua grande casa em Berlim, mudou para uma casa mais pequena, em “Acho-Vil”. Lá não tinha amigos para brincar nem sítios para explorar, pois os seus pais não o deixavam sair do jardim. Da janela do seu quarto conseguia ver uma grande vedação e, do outro lado, umas casa pequenas e muitas pessoas, vestindo o que parecia ser um pijama às riscas.



Um dia, casado de estar em casa, Bruno sai do jardim, sem os seus pais saberem, e caminha junto à vedação durante algum tempo, até que vê um rapaz muito magro, pálido e vestido com o tal pijama às riscas. Bruno conversa com o rapaz e descobre que o seu nome é Shmuel, que tem nove anos, que é judeu, que costumava viver na Polónia, com a sua família, e que foi levado para aquele lugar de que não gostava. Bruno não consegue entender porque razão Shmuel não gostava daquele sítio, onde tinha tanta gente para brincar.

Os dois continuaram a ver-se e tornam-se grandes amigos.


Um dia, quando estão juntos, Shmuel confessa que está muito preocupado, porque não consegue encontrar o seu pai e Bruno oferece a sua ajuda para ir procurá-lo. Shmuel deve arranjar um pijama para Bruno, para que este não chame as atenções no outro lado da vedação. No dia seguinte, Bruno chega à vedação, como combinado, veste o pijama e passa para o outro lado. Depois de algum tempo de busca, começam a soar apitos e os militares reúnem forçadamente as pessoas que vestiam os pijamas listados.

Havia uma grande inquietação, pois as pessoas reunidas nunca mais eram vistas. Bruno não o sabia e porque o seu pai era militar, não estava preocupado, pois tinha aprendido a confiar neles. Foram todos levados para uma sala fechada, onde ficaram muito apertados e Bruno segura a mão de Shmuel com muita força, e diz-lhe que ele é o seu melhor amigo, para toda a vida. A amizade entre os dois era tão forte que o que o unia aos seus amigos, que deixou em Berlim, não passava de uma leve recordação.



O pânico instalou-se quando a porta de entrada foi subitamente fechada e um som metálico se ouviu do lado de fora. Bruno ficou intrigado, mas como estava um dia muito chuvoso, pensou que era para abrigar as pessoas da chuva, para que não ficassem doentes. De repente, a sala ficou muito escura e, apesar de toda a confusão, Bruno apercebeu-se de que ainda estava a apertar a mão de Shmuel e que nada no mundo seria capaz de convence-lo a largá-la.

Bruno nunca mais foi visto, o que destruiu a sua família.

 
Ana Marta 11º D.

3 comentários:

Catarina disse...

Também li esse livro e gostei muito!:)

Anónimo disse...

Esta Pequena Grande obra leva-nos a reflectir sobre a nossa limitada Condição Humana. Em que momento da nossa existência nos tornamos predadores contra a nossa própria espéci? O Homem cada vez mais se proporciona situações de dor. Tudo o que desejamos aos outros, de um modo ou de outro, cai-nos em cima. Quanto sofrimento evitaríamos se sentissemos mais o Outro como parte de nós mesmos! Bem hajas pela tua leitura.

Anónimo disse...

Ja li o livro, e ja vi o filme, e simplesmente ADOREI. Foi fantastico e ao mesmo tempo bastante triste ver aquelas pobres crianças que nao sabiam como na verdade era o mundo em que viviam, como so descobrimos a dor que os outros sentem quando ela tambem nos toca. E bastante triste como nos proprios nos tentamos matar uns aos outros, pensando que e o melhor para nos, mas que na verdade nem sequer fazemos ideia do que e que o outro nos fez para merecer aquele gesto vindo da nossa parte, tao cruel. So porque o outro teve azar de nascer num pais diferente do nosso e seguir uma religiao diferente da nossa, nao quer dizer que sao diferentes de nos por dentro...