Era uma vez três lobinhos que, como já estavam muito crescidinhos, decidiram sair de casa dos seus pais.
Eram muito ecológicos, daí terem contribuído para a limpeza da floresta.
O mais novo recolheu papéis velhos, jornais velhos, revistas velhas e construiu uma casinha de papel velho.
O irmão do meio juntou latas vazias, latas de sumos, de refrigerantes e até de bebidas alcoólicas… e fez uma casinha de latas.
E o lobinho mais velho apanhou todos os plásticos que sujavam a floresta e ergueu com esse material uma casa de plástico. Mas estes lobinhos tinham um grande problema: eram loucos por porco, porco assado, grelhado, cozido, fumado, até cru, se necessário.
Um dia, porém, encontraram um porco na floresta, um enorme porco, o maior porco que já tinham visto.
Começaram logo a salivar, o estômago parecia que se lhes tinha esvaziado completamente, assim, de repente.
O mais novo nem pensou duas vezes, começou logo a correr com quantas forças tinha e atirou-se para cima do porcão.
Azar!
O porco, que nem uma mula, deu-lhe um coice tal que ele voou 50 metros.
Meio atónito com o sucedido, mas com a saliva a escorrer, o irmão do meio, com vontade de trincar o suíno e, ao mesmo tempo, com vontade de se vingar do irmão, correu também direito ao animal, saltando-lhe para o lombo.
Azar, duas vezes azar!
O porco girou sobre si próprio, qual pião que gira e gira, cuspindo assim do dorso o outro lobo.
O lobo mais velho já nem pensava em trincar o porco, queria mesmo era atacar aquele que tinha tão mal tratado os seus irmãozinhos.
Estrategicamente, dirigiu-se às costas do porco, de forma a que este não o visse, com passinhos de lã e, estando já a um passo do apanhar, dá um salto, ficando no ar por muiiiiiiiiiito tempo, pois…
Ambulâncias surgiram. Cabeças e patas partidas. Dores por todo o lado…
Os lobos aprenderam a não se meterem com animais mais corpulentos que eles.
E também se tornaram vegetarianos.
Ana Julião
1 comentário:
A história dos Três Porquinhos é velha, mas renasce a cada momento que a contamos e descobrimos. Creio que se ela nascesse pela primeira vez, hoje, seria, exactamente, como a imaginou e recontou aos seus alunos.
Bem haja a professora Ana Julião e a sua obra-prima
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