domingo, 20 de dezembro de 2009

OS TRÊS LOBINHOS (Não ler esta história sem ter lido o post anterior)

                         


Era uma vez três lobinhos que, como já estavam muito crescidinhos, decidiram sair de casa dos seus pais.




                         E lá foram eles pela floresta…


                         Eram muito ecológicos, daí terem contribuído para a limpeza da floresta.


                         O mais novo recolheu papéis velhos, jornais velhos, revistas velhas e construiu uma casinha de papel velho.


                        O irmão do meio juntou latas vazias, latas de sumos, de refrigerantes e até de bebidas alcoólicas… e fez uma casinha de latas.


                        E o lobinho mais velho apanhou todos os plásticos que sujavam a floresta e ergueu com esse material uma casa de plástico.


                         Mas estes lobinhos tinham um grande problema: eram loucos por porco, porco assado, grelhado, cozido, fumado, até cru, se necessário.




                        Um dia, porém, encontraram um porco na floresta, um enorme porco, o maior porco que já tinham visto.


                        Começaram logo a salivar, o estômago parecia que se lhes tinha esvaziado completamente, assim, de repente.


                           O mais novo nem pensou duas vezes, começou logo a correr com quantas forças tinha e atirou-se para cima do porcão.



                            Azar!




                        O porco, que nem uma mula, deu-lhe um coice tal que ele voou 50 metros.


                         Meio atónito com o sucedido, mas com a saliva a escorrer, o irmão do meio, com vontade de trincar o suíno e, ao mesmo tempo, com vontade de se vingar do irmão, correu também direito ao animal, saltando-lhe para o lombo.


                         Azar, duas vezes azar!




                         O porco girou sobre si próprio, qual pião que gira e gira, cuspindo assim do dorso o outro lobo.


                         O lobo mais velho já nem pensava em trincar o porco, queria mesmo era atacar aquele que tinha tão mal tratado os seus irmãozinhos.


                            Estrategicamente, dirigiu-se às costas do porco, de forma a que este não o visse, com passinhos de lã e, estando já a um passo do apanhar, dá um salto, ficando no ar por muiiiiiiiiiito tempo, pois…


                             Azar, três vezes azar!




                            O porco não o via, mas ouvia-o, e muito bem, por isso deu um coice certeiro a este lobo também.


                          Ambulâncias surgiram. Cabeças e patas partidas. Dores por todo o lado…





                         Os lobos aprenderam a não se meterem com animais mais corpulentos que eles.


                         E também se tornaram vegetarianos.


Ana Julião

1 comentário:

Maria disse...

A história dos Três Porquinhos é velha, mas renasce a cada momento que a contamos e descobrimos. Creio que se ela nascesse pela primeira vez, hoje, seria, exactamente, como a imaginou e recontou aos seus alunos.
Bem haja a professora Ana Julião e a sua obra-prima